Às vezes, não sei se,
no fim,
sou eu que não estou
neste mundo
ou é este mundo
que não está
em mim...
Às vezes, não sei se,
no fim,
sou eu que não estou
neste mundo
ou é este mundo
que não está
em mim...
O Pleonasmo é um sujeito muito legal.
Sempre encara seus problemas de frente. Adora a brisa matinal da manhã. O seu dia é dividido em duas metades iguais.
Quando quer fazer alguma coisa, para ficar bem feita, não se importa de ter que repetir de novo.
Certa vez, resolveu visitar o alto de uma colina. Não hesitou e subiu lá para cima.
Viu um casebre abandonado e entrou para dentro.
Estava tão a jeito o lugar que resolveu tirar uma selfie dele mesmo. O flash estava ligado e tão forte que ficou cego dos olhos. Ele se assustou tanto e gritou alto - chegou a ficar surdo dos ouvidos. Sim, é fato verídico.
Quase que resolveu ir embora, mas voltou atrás.
Se estava sozinho, medo de quê? Parecia maluco da cabeça...
Olhou a selfie e anexou junto às demais fotos. Riu com a boca, de tão satisfeito. Não ficaria tão bom se tivesse planejado antecipadamente.
Mal percebeu que a noite ia escurecendo. Correu depressa e saiu para fora. Desceu para baixo e retornou para onde estava.
Pensou em outro dia comparecer pessoalmente ali e fazer novas fotos, com melhor acabamento final.
Esse Pleonasmo...
A moça é única -mas multiplica-se.De uma,Passa a ser duas, três.Ao final do dia,depois de toda a correria,volta a ser uma -outra vez.
Sorri com o olhar -
e sentimento.
Fala com voz suave -
e sinceridade.
A moça,
quando está,
é encantamento -e tão logo se vai, já é saudade.
Às vezes,
me anoiteço,
me aborreço,
me entristeço
e me esqueço
do que possa acontecer.
Quando adormeço,
não percebo o recomeço:
o dia já está a amanhecer.