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sábado, 26 de setembro de 2015

Um sujeito

Era um sujeito assim como eu.
Ele muito e muito caminhou.
Tanto e tanto se perdeu
Que um dia se encontrou.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Para sempre...

Fechou os olhos, naquele instante. Inspirou fortemente o aroma do ar e demorou a expirar. Tratou de escutar o que se diria ser inaudível. Moveu-se vagarosamente, sem a menor vontade. Depois, displicentemente, jogou fora o relógio. Buscou todas as medidas para que simbolicamente aquele momento ficasse registrado para sempre - e o tempo definitivamente parasse.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Um sorriso...

Ontem perdi um sorriso, nas imediações do centro da cidade. Não consegui achá-lo de modo algum. Tenho outros em casa, ainda bem, mas gostava muito daquele também. A quem o encontrar, peço apenas que dê a ele alegria, carinho e atenção - sem restrições de quantidade ou de horário. Não sendo assim, ele vai se enfraquecendo e esvai-se, no ar. Acho tão triste um sorriso desaparecer...

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A casa...

A casa da minha infância tenho na memória igualzinha como era. Ainda ontem passei pela sala e meu pai estava em sua cadeira, lendo compenetrado. Fui ao meu quarto e revirei a caixa de brinquedos. Ao fundo achei aquele velho relógio de pulso, a corda, com pulseira em um lado só. Quando fui ver a hora que marcava, despertei com os olhos úmidos e as mãos vazias...

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Ria...

Ria, ria, na cidade fria.
Ria a moça pela rua.
Ria, ria, ria - e corria,
Imaginando-se nua,
Sob a luz da Lua.