Amaria
amar-te.
Amar-te-ia
em toda parte.
Mas não me vês.
Fica um poema
de um dilema
e de um talvez.
Amaria
amar-te.
Amar-te-ia
em toda parte.
Mas não me vês.
Fica um poema
de um dilema
e de um talvez.
Plante!
A Natureza brota.
O tempo se esgota.
Recomeçar é preciso.
Abra os olhos e um sorriso.
Plante, zele!
Flor à flor da pele.
Plante!
Sem ar, sufoca.
Plante!
A Natureza brota.
O consumismo consome
o homem.
O homem
acredita que consome.
Pobre homem, iludido.
Sem perceber, é consumido.
A Natureza padece.
Mesmo com sua pura generosidade,
a Natureza padece.
A Natureza padece:
sofre de humanidade.
A Natureza pede prece.
Um verso triste, pálido,
também é meio válido
ao que se quer dizer.
Um querer triste, pálido,
também é meio válido
de se bem querer.
Tu não ligas para mim.
Eu não ligo para ti.
Assim, nunca iremos nos telefonar.
Eu não ligo para ti.
Tu não ligas para mim.
Assim, nunca haveremos de nos acertar.