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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Quantas vezes?

 


Quantas vezes

olharei para o lado

e desviarei meus passos,

já descontrolado,

perdido de teus braços?


Quantas vezes

vou sorrir sozinho

ao te esperar

e chorar baixinho

por não te encontrar?


Quantas vezes

vou beber a dor

de me conter em abrolhos,

por não ver amor

no fundo de teus olhos?


Quantas vezes, por Deus,

vou ter que me recompor,

por ter meus sonhos os teus

e não ver em teus sonhos o amor?



* poema publicado na imprensa, pela primeira vez, em 11 de janeiro de 1987

sábado, 16 de agosto de 2025

Descobrindo

 

Não me preocupam as desvantagens,
tampouco as situações que se desmerecem.
Sou desatento a todas as minhas desvontades.
Meus olhos, desavisados e desocupados,
contemplam as desilusões que desaparecem.