Nascida em Vitória, no Espírito Santo, a cantora Graciella D’ Ferraz está completando 14 anos de profissão. Com um timbre inconfundível e sua voz suave e afinada, Graciella vem se firmando cada vez mais no cenário regional.
Sua carreira começou em 1995, a partir de “canjas” eventuais em casamentos, aniversários e shows de amigos. A partir de 1997, passou a se apresentar profissionalmente, tendo participado de várias bandas de baile abrindo shows de artistas regionais e nacionais, tais como Banda Eva, Cidade Negra, Cheiro de Amor, Jota Quest, Zizi Possi, The Fevers, entre outros. Atualmente é cantora da Banda Evidance, cantando o melhor do repertório nacional e internacional em todos os tempos, em inúmeros eventos por toda a Grande Vitória.
Formada em 1998 em Direito pela Unesc, ainda especializou-se em Direito Penal e Direito Processual Penal. É investigadora de Polícia Civil. E concilia as duas atividades.
No começo de 2008 Graciella iniciou o processo de seleção do repertório para a gravação do seu primeiro CD solo.
A seguir, Graciella fala mais sobre sua carreira e seus projetos.
- Quando você percebeu que possuía o dom de cantar, o gosto pela música?
Cresci com minha mãe cantando, afinadíssima, dentro de casa. Ela conta que eu já cantava em inglês com dois anos (risos). Não gostava de boneca de presente, sempre pedia: aparelho de som, rádios, fitas k7 para gravar músicas das radios, discos... Lembro-me que uma vez com nove anos, eu disse a uma colega de escola: "daqui a uns dois anos, você vai ver, eu vou ser cantora". Demorou um pouco, pois sempre fui muito encaminhada a estudar, fazer uma boa faculdade!
- Qual pode ser considerado o marco para o início da sua carreira?
Quando o Luciano, dono de uma Banda de axé, veio a minha casa me convidando a cantar na sua banda, chamada: Banda Essências. Ele havia me visto dar uma canja com meu irmão num casamento e a partir dali muitos ensaios, não tinha noção de presença de palco, nada... só cantava... Mas comecei a estudar, fiz aula de Canto e passei a assistir aos shows da Banda Eva e prestar atenção em Ivete, que foi uma professora pra mim, mesmo sem saber! A partir dali fui caminhando, fazendo shows em trio elétrico (amo até hoje, tenho saudades), depois passei por banda de forró, até que cheguei às bandas de baile, onde estou até hoje.
- O seu repertório é bem variado. Existe algum ritmo que mais lhe agrada cantar? Ou algum que você não interpretaria?
Acho que temos que cantar de tudo, tocar todos os ritmos. Lógico que temos nossos gostos pessoais, eu gosto de muitos: adoro cantar dance, house. Mas tenho um sonho de um dia gravar um CD de jazz contemporâneo, no estilo de Jamie Cullum, Michael Bublé, Diana Krall.
- Você possui composições próprias? Pretende trabalhar em um projeto autoral?
Sim, aprendí a ser compositora na confecção do meu primeiro CD solo e aí a gente dispara, né? (risos). Tem muitos compositores maravilhosos por aí, temos que dar oportunidade, muita coisa linda difícil de escolher... A oportunidade é importante para o artista e quero dá-la a todos que puder, não é fácil, acho que esse é meu maior desafio: encontrar pessoas que possam dar oportunidade para conhecer meu trabalho, por isso, quero ajudar muita gente.
- A carreira solo segue em paralelo, como seu público tem visto essa divisão?
Bom, a carreira solo segue em paralelo à Banda Evidance, onde estou desde o início (há uns sete anos). Há muita especulação aqui nas "terras capixabas" (muito mais no momento de toda mídia sobre o lançamento do meu CD solo), pois é a banda de baile que mais toca por aqui, em cerimoniais, eventos grandes. Muita gente nos conhece e gosta de toda a banda, com músicos de ponta. Muitos me perguntam se vou sair, perguntam aos músicos, ao dono da banda, o Darlisson, isso o tempo todo. Pois somos uma família que dá certo no palco, não só cantamos ou tocamos, mas fazemos tudo pra divertir o público.
- Quais são seus projetos atuais, tanto no que se refere à banda como a sua carreira solo?
Alguns projetos em andamento e outros a dar início agora no segundo semestre. A carreira solo segue paralela à Banda Evidance enquanto for possível. Participo do projeto Essas Mulheres, com cantoras renomadas de Vitoria-ES, sendo um projeto mensal e a cada edição homenageará um artista, estilo ou movimento musical, misturando música e teatro na interpretação das cantoras, num espetáculo que dará vida aos artistas escolhidos a se homenagear. O outro projeto, é estar me apresentando em casas noturnas acompanhada de um DJ, fazendo o melhor da house music ganhar um brilho a mais, com a chamada "live vocal", hit em boates internacionais.
- Como foi definido o repertório do CD solo? Fez parte do seu projeto analisar o trabalho de compositores menos conhecidos, a fim de parcerias futuras?
O CD solo foi recentemente lançado, no dia 6 de maio, numa das maiores casas de shows aqui em Vitória. Intitulado 2 em 1, com músicas autorais e outros compositores, com um repertório dançante, pop. Como disse, acredito em que temos que dar oportunidades a todos, parcerias sempre são bem-vindas.
- Tendo em vista a sua outra atividade profissional, há possibilidade de agendar shows em turnê fora de seu Estado, ausentando-se por mais tempo? Isso já ocorreu antes?
Por enquanto sempre consegui habilidade para agendar meus shows, trocando meus plantões na Polícia ou nas folgas. Na polícia tenho muitos fãs, amigos que curtem meu trabalho como cantora, isso me dá muita força. Nos eventos da Polícia Civil sempre sou convidada a cantar o Hino da PC/ES, onde em 2006 fiz uma nova roupagem ao Hino, emocionando a todos os policiais. Já fiz varios shows fora do Estado, mas nada que atrapalhasse minha outra profissão. No caso de uma turnê, terei que estudar uma forma de poder estar me apresentando e me adaptando. Gostaria muito de estar me apresentando fora do Estado, mas como sempre digo, falta-me: oportunidade!
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