O poema vivia um dilema. Seria de alegria ou de tristeza? De tristeza ou de alegria? Mas de uma coisa ele tinha certeza: Já era feliz por saber-se poesia...
Cada palavra alcança o lugar certo No tom, na medida, como um concerto. Em ritmos que ditam a agitação e a calma. Nas entrelinhas flutuam mensagens Nos versos surgem sonhos e imagens Que fazem entorpecer e encantar a alma.
Que sujeito é este que é de ontem e de agora? Que chega, transforma e depois vai embora? Que domina a multidão com os seus poemas, sozinho? Que nos faz ir, voltar, ler e reler? Que nos faz rir, chorar e perceber A importância de uma pedra no caminho?
Há momentos em que ficamos sem ação... Somos, então, tomados pela emoção... Como falar sobre um poeta tão completo, tão bom? Sou José e pergunto: “E agora, Drummond?”