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domingo, 24 de abril de 2011

Um dia...









Era tão tarde
Quando eu estava ali
Olhando o infinito.
Meus olhos miravam
Onde todos estavam
Num jeito esquisito.

Estava tão calmo
Lembrava de um salmo
Que um dia eu li.
Sentia o gosto amargo
De algum passado
Que nunca vivi.

Chorava tão quieto
De um jeito discreto
E não percebia
Que a vida passava
O mundo mudava
Só eu que não via.


Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia meu poeta amigo...
Que poesia linda!
Sabe que eu li e reli ela várias vezes.E percebendo em todas essas,que não conseguia ler sem me encaixar no contexto.
Mas isso é um mérito teu. Escrever e nos tocar.
Me pergunto as vezes de onde vem tanta sensibilidade.E sei que sabendo quem vc é, a resposta é simples: Vem de um lindo coração puro.Parabêns pela poesia. Pela existência. E por ser quem es.

Anne Oliver.