Certo dia a vi em um bar
E guardei seu olhar
Sem que pudesse me ver.
Cuidei cada seu trejeito
E a senti invadir o meu peito
Com seu modo tão meigo de ser.
Vestia uma roupa clara
E da sua beleza tão rara
Não pude jamais esquecer.
Chamou tanto a minha atenção
Causou tamanha impressão
Que queria demais a rever.
Sonhava encontrá-la nas ruas
Procurava descobrir coisas suas
Para, quem sabe, melhor a conhecer.
Aos amigos só falava dela
A mulher atraente e tão bela
A quem amava mais do que poderia crer.
Por mais que me pedissem a calma
Era tanto o amor em minha alma
Que não sentia podê-lo conter.
A eles não dava atenção
Só ouvia o meu coração
Que só a ela dirigia o meu ser.
Outra vez a encontrei, sempre bela
Pensei que era ali e era aquela
A hora de falar do meu querer.
Corri ao seu rumo, todo apaixonado
Mas havia alguém do seu lado
Que cego, mal pude perceber.
Desta vez me olhou, acanhada
Quanto a mim, lhe falar? Não, mais nada...
Passei por ela, como se não estivesse a ver.
Percebi que já havia outro alguém
A amar, como a amo também
E a mim, só restava esquecer...
Hoje perambulo na noite fugaz
Guardando a ilusão que me faz
Alternar entre a alegria e a dor
Toda vez que me vem à memória
O que poderia sido uma história:
A história do nosso amor...
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