Tradutor
domingo, 25 de dezembro de 2011
Palavras
Palavras vãs
De mentes (!) sãs (?)
À noite, insone...
Vêm ao pensamento
Voam com o vento
Em frases que o silêncio consome...
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Concertação
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Para Vinícius de Moraes
domingo, 27 de novembro de 2011
A busca...
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Refúgio
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Um novo dia...
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Aparece...
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
O silêncio...
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Sem rumo...
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Multiplico-me...
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Jô Nunes e Banda
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
É poesia...
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Oração
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
São tantas emoções...
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
O que nos ensina...
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Por ora...
sábado, 27 de agosto de 2011
O ídolo
De repente estava eu ali. No palco. Olhei para frente e uma multidão insandecida a gritar:
- Mais um, mais um!
Olhei para trás e músicos com os mais diversos instrumentos me olhando, como que a esperar um sinal para a próxima música. Uma luz de foco quase a me cegar. Eu mal conseguia enxergar a plateia, mas percebia que era de milhares.
- Meu Deus, o que será que eles esperam que eu cante?
Pensei em correr, sumir dali! Mas tinha que resolver em poucos segundos qual a atitude mais correta. Parecia-me que qualquer gesto impensado ou mal-interpretado poderia resultar em um desastre.
- Vou me socorrer com meus companheiros de palco!, balbuciei.
Vi que ao lado esquerdo, como aguardando para entrar, estava a Daniela Mercury. O que ela iria cantar comigo? O que eu estava fazendo ali? No lado direito, Chico Buarque e Caetano Veloso acenavam.
- Devo ser bom, hein?
Veio-me uma ideia: correr até um dos músicos e pedir para que ele fizesse um solo, enquanto pudesse sair do palco e descobrir que apito eu tocava. Dito e feito. Corri. A luz de foco me seguindo, de modo que me tornasse a única pessoa visível naquele cenário. A multidão enlouqueceu mais ainda. Notei que estava de sandálias.
- Deus do céu! Tenho horror de sandálias!
Procurei o guitarrista, que só teve a imagem exposta quando me aproximei, com a maldita luz de foco. Ele deu um o.k. e saí espavorido, cuidando para não me enredar nos colares (!). Precisava esclarecer isso.
Fora do palco um pessoal que julguei ser da produção, disse-me:
- O que houve, cara? Volta lá!
- Eu vou trocar de roupa!
Não estava nos planos. Azar.
Localizei um camarim com meu nome à porta.
- Tiro as sandálias, os colares, me visto e sumo daqui!
Surpresa: sobre a mesa diversas fotos. Numa o Roberto Carlos me entregava um disco de ouro. Noutra, Martinho da Vila e eu. Numa pequena, cantava com o Engenheiros do Havaí. Ao lado, a Simone, o Zeca Pagodinho e eu. Abaixo, o Borghetinho comigo.
- O que eu canto, afinal? Agora mesmo que vou embora!
Quando pensava em me dirigir para a rua, um dos assistentes disse:
- Todos da banda fizeram solos! Volta lá que a multidão quer invadir. Não vai dar para segurar!
Em nome da ordem, para o bem de todos e felicidade geral da nação, lá me fui.
Entrei no palco sem ter o que dizer, afinal nem sabia qual meu repertório, e gritei:
- Brigaduuu!
A multidão explodiu em aplausos e pensei:
- Vou me jogar na plateia, igual aos filmes, e dou por encerrado o espetáculo!
Assim fiz: dei um salto e voei. Caí da cama e acordei.
- Que droga, bem agora que estava gostando!
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
E eu vou...
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Sob o Sol
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
De mãos dadas...
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Novos ares...
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Em segredo
sábado, 6 de agosto de 2011
Eu sou assim
Eu sou a terra
Maltratada pelo terror da guerra
Quando fizeram pisar o meu chão.
E guardo um passado de dor e solidão.
Eu sou a árvore que plantaram
Mas esqueceram de regar.
Meus galhos, teimosos, vingaram
Por minha vontade de viver e de lutar.
Estou nas gramas rasteiras
E nas águas das cachoeiras.
Se de tudo hoje sou nada
É fiquei no pó da estrada
Que não queres respirar.
Eu resisto o passar do tempo
Forte, forte como o vento
E se fraquejo comigo
Sou humilde e faço
Um pedido:
Me deixem ser assim
Que vou firme até o fim.
Eu aguento o repuxo
Por que mais do que tudo
Eu sou gaúcho!
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Eu faria...
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Coincidência?
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Delírio
domingo, 31 de julho de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Há de florescer...
terça-feira, 26 de julho de 2011
Expectativas...
domingo, 24 de julho de 2011
Sou eu...
terça-feira, 19 de julho de 2011
Mulher matemática
Você é como a matemática
Exata e lógica.
O seu ritmo
É numeral, é logarítmico.
O seu olhar é matemático
Claro e enfático.
Para conhecer você de vez
É só fazer regra de três.
Eu sei de cor sua tabuada
E tento calcular sua raiz.
Mas vejo que isso é quase nada
Para lhe fazer feliz.
Eu estudo sua geometria
E uso certa simetria
Para saber qual a fração
Para invadir seu coração.
Você me usa e abusa
Eu sou um simples cateto e você a hipotenusa
Me sinto um ônus tarifário
Um reles número ordinário.
Mas o amor é assim, esquisito
Aberto ao infinito
Quem sabe lá, depois
Um mais um vire nós dois.
sábado, 16 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Os visitantes
Eles desfilam pelo céu
Movimentam-se pelos ares
Fazem das nuvens um véu
E fogem dos nossos olhares.
Eles de longe vêm
Para conhecer aqueles
Que sabem muito bem
Mas negam a existência deles.
Mas por que temer
Esses nobres viajores
Que vêm nos visitar
Em seus discos voadores,
Se os anfitriões
Os senhores da Terra
São quem usam canhões
E não vivem sem guerras?
terça-feira, 12 de julho de 2011
Desencontro...
sábado, 9 de julho de 2011
Bate-papo com Graciella D' Ferraz
Nascida em Vitória, no Espírito Santo, a cantora Graciella D’ Ferraz está completando 14 anos de profissão. Com um timbre inconfundível e sua voz suave e afinada, Graciella vem se firmando cada vez mais no cenário regional.
Sua carreira começou em 1995, a partir de “canjas” eventuais em casamentos, aniversários e shows de amigos. A partir de 1997, passou a se apresentar profissionalmente, tendo participado de várias bandas de baile abrindo shows de artistas regionais e nacionais, tais como Banda Eva, Cidade Negra, Cheiro de Amor, Jota Quest, Zizi Possi, The Fevers, entre outros. Atualmente é cantora da Banda Evidance, cantando o melhor do repertório nacional e internacional em todos os tempos, em inúmeros eventos por toda a Grande Vitória.
Formada em 1998 em Direito pela Unesc, ainda especializou-se em Direito Penal e Direito Processual Penal. É investigadora de Polícia Civil. E concilia as duas atividades.
No começo de 2008 Graciella iniciou o processo de seleção do repertório para a gravação do seu primeiro CD solo.
A seguir, Graciella fala mais sobre sua carreira e seus projetos.
- Quando você percebeu que possuía o dom de cantar, o gosto pela música?
Cresci com minha mãe cantando, afinadíssima, dentro de casa. Ela conta que eu já cantava em inglês com dois anos (risos). Não gostava de boneca de presente, sempre pedia: aparelho de som, rádios, fitas k7 para gravar músicas das radios, discos... Lembro-me que uma vez com nove anos, eu disse a uma colega de escola: "daqui a uns dois anos, você vai ver, eu vou ser cantora". Demorou um pouco, pois sempre fui muito encaminhada a estudar, fazer uma boa faculdade!
- Qual pode ser considerado o marco para o início da sua carreira?
Quando o Luciano, dono de uma Banda de axé, veio a minha casa me convidando a cantar na sua banda, chamada: Banda Essências. Ele havia me visto dar uma canja com meu irmão num casamento e a partir dali muitos ensaios, não tinha noção de presença de palco, nada... só cantava... Mas comecei a estudar, fiz aula de Canto e passei a assistir aos shows da Banda Eva e prestar atenção em Ivete, que foi uma professora pra mim, mesmo sem saber! A partir dali fui caminhando, fazendo shows em trio elétrico (amo até hoje, tenho saudades), depois passei por banda de forró, até que cheguei às bandas de baile, onde estou até hoje.
- O seu repertório é bem variado. Existe algum ritmo que mais lhe agrada cantar? Ou algum que você não interpretaria?
Acho que temos que cantar de tudo, tocar todos os ritmos. Lógico que temos nossos gostos pessoais, eu gosto de muitos: adoro cantar dance, house. Mas tenho um sonho de um dia gravar um CD de jazz contemporâneo, no estilo de Jamie Cullum, Michael Bublé, Diana Krall.
- Você possui composições próprias? Pretende trabalhar em um projeto autoral?
Sim, aprendí a ser compositora na confecção do meu primeiro CD solo e aí a gente dispara, né? (risos). Tem muitos compositores maravilhosos por aí, temos que dar oportunidade, muita coisa linda difícil de escolher... A oportunidade é importante para o artista e quero dá-la a todos que puder, não é fácil, acho que esse é meu maior desafio: encontrar pessoas que possam dar oportunidade para conhecer meu trabalho, por isso, quero ajudar muita gente.
- A carreira solo segue em paralelo, como seu público tem visto essa divisão?
Bom, a carreira solo segue em paralelo à Banda Evidance, onde estou desde o início (há uns sete anos). Há muita especulação aqui nas "terras capixabas" (muito mais no momento de toda mídia sobre o lançamento do meu CD solo), pois é a banda de baile que mais toca por aqui, em cerimoniais, eventos grandes. Muita gente nos conhece e gosta de toda a banda, com músicos de ponta. Muitos me perguntam se vou sair, perguntam aos músicos, ao dono da banda, o Darlisson, isso o tempo todo. Pois somos uma família que dá certo no palco, não só cantamos ou tocamos, mas fazemos tudo pra divertir o público.
- Quais são seus projetos atuais, tanto no que se refere à banda como a sua carreira solo?
Alguns projetos em andamento e outros a dar início agora no segundo semestre. A carreira solo segue paralela à Banda Evidance enquanto for possível. Participo do projeto Essas Mulheres, com cantoras renomadas de Vitoria-ES, sendo um projeto mensal e a cada edição homenageará um artista, estilo ou movimento musical, misturando música e teatro na interpretação das cantoras, num espetáculo que dará vida aos artistas escolhidos a se homenagear. O outro projeto, é estar me apresentando em casas noturnas acompanhada de um DJ, fazendo o melhor da house music ganhar um brilho a mais, com a chamada "live vocal", hit em boates internacionais.
- Como foi definido o repertório do CD solo? Fez parte do seu projeto analisar o trabalho de compositores menos conhecidos, a fim de parcerias futuras?
O CD solo foi recentemente lançado, no dia 6 de maio, numa das maiores casas de shows aqui em Vitória. Intitulado 2 em 1, com músicas autorais e outros compositores, com um repertório dançante, pop. Como disse, acredito em que temos que dar oportunidades a todos, parcerias sempre são bem-vindas.
- Tendo em vista a sua outra atividade profissional, há possibilidade de agendar shows em turnê fora de seu Estado, ausentando-se por mais tempo? Isso já ocorreu antes?
Por enquanto sempre consegui habilidade para agendar meus shows, trocando meus plantões na Polícia ou nas folgas. Na polícia tenho muitos fãs, amigos que curtem meu trabalho como cantora, isso me dá muita força. Nos eventos da Polícia Civil sempre sou convidada a cantar o Hino da PC/ES, onde em 2006 fiz uma nova roupagem ao Hino, emocionando a todos os policiais. Já fiz varios shows fora do Estado, mas nada que atrapalhasse minha outra profissão. No caso de uma turnê, terei que estudar uma forma de poder estar me apresentando e me adaptando. Gostaria muito de estar me apresentando fora do Estado, mas como sempre digo, falta-me: oportunidade!